Bom, inaugurando a minha parte do blog, vou falar de um assunto que mudou bastante a minha vida e o modo como eu a levo, além de interessar a muitas pessoas: a arte do "voar solo".

Antes, mais um pouco de mim: quem me conhece, sabe que eu abandonei a casa dos meus pais bem cedo, por causa de concursos e coisa e tal. Aos 18, na porta dos 19 anos, saí debaixo da asa de mamãe, me mudei para outro estado e descobri um mundo totalmente diferente, sem mimos, e bastante selvagem.

Chegar num lugar desconhecido, com uma mão na frente e outra nas costas, é bem complicado de início. Dá vontade de chorar, de gritar a mãe, de aloprar. Enfim, tem quem encare numa boa, e tem quem não dê conta e acabe voltando pro berço. Mas às vezes, não tem nem como voltar atrás. E agora?

Primeiro de tudo: não há motivo para desespero! Se fosse tão difícil, ninguém sairia de casa. É desesperador sim, olhar em volta, se deparar com aquele mundo imenso e não ver nenhum conhecido, mas é o primeiro dos medos que a gente precisa superar. Logo logo, aquela sensação vazia vai começar a se preencher e fazer a gente entrar nos eixos. É uma ótima hora para ativar nosso espírito aventureiro e explorar, perguntar, conhecer... E talvez fazer até uma amizade!

Amizades... Sim, elas vão te ajudar bastante nessa caminhada! Conheça as pessoas, mais tarde elas podem ser o amigo que vai te estender a mão numa hora difícil. E caso role aquele clima, quem sabe aquela não pode ser uma companhia amorosa num futuro próximo?

Consiga um lugar provisório para passar a noite. Um hotel, um cantinho na casa de um conhecido, debaixo da ponte, qualquer lugar! Nessas horas, precisamos pensar em dois fatores: grana e planejamento prévio. Pesquise, se localize, trace rotas, se relacione com alguém, a internet tá aí pra isso. E separe uma graninha também, isso é essencial. Não economize agora. Ou se preferir, a ponte sempre vai estar lá te aguardando...

OK, agora você começou a usar o território a seu favor. Está na hora de conseguir aquela casinha ou aquele apê. Isso aí, seu próprio teto! Mas isso, veremos na segunda parte do texto. Até lá!